domingo, 18 de janeiro de 2009

Mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas


Em 1971, a senhora Lilia Ribeiro, diretora da Tenda de Umbanda Luz, Esperança, Fraternidade (TULEF) gravou uma mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas, que espelha bem a humildade e o alto grau de evolução dessa entidade de luz:

A umbanda tem progredido e vai progredir ainda mais. É preciso haver sinceridade, honestidade. Eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a umbanda; médiuns irão se vender e serão expulsos mais tarde, como Jesus expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher, o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas, fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro. É preciso haver muita moral para que a umbanda progrida, seja forte e coesa. Umbanda é humildade, amor e caridade – essa é a nossa bandeira. Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na umbanda do Brasil: caboclos de Oxossi, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da falange de Oxossi, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão.
Meus irmãos, sede humildes, tende amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham trabalhar entre vós. É preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para àqueles que vêm em busca de socorro nas casas de umbanda.
Meus irmãos, meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos dezoito. Posso dizer que o ajudei a se casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa umbanda. A maior parte dos que trabalham na umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que saíram desta casa.
Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso; assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher naquela que poderia ser sua mãe um espírito excelso, amoroso e abnegado. Que o nascimento de Jesus e a humildade que Ele demonstrou na Terra sirvam de exemplo a todos, iluminando os vossos espíritos, extraindo a maldade dos pensamentos ou das práticas. Que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz reine em vossos corações e nos vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julguei para não serdes julgado; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos. Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou a Terra, porém amigo de todos, numa comunhão perfeita com companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles observem a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos curados, e a saúde em para sempre em vossa matéria. Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas.”

Texto extraído do livro “Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís"
Autor: Norberto Peixoto

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