domingo, 12 de abril de 2009

Caminhos















Todos nós, encarnados ou desencarnados, sabemos que foi colocado à nossa frente dois caminhos. Um, leva à escuridão, às trevas, ao lodo, ao limo. Nestas paragens, atolamo-nos em nossas próprias ignomínias e inconsciências, perdemo-nos no desespero de nossos erros e lembramos nossas vidas pretéritas, sequiosos por ter uma nova orportunidade para reabilitarmo-nos. O outro leva-nos à uma escada de luz, de difícil acesso, com muitas dificuldades e tropeços. Quantos a rejeitam. Quantos dela fogem, preferindo caminhos mais curtos, curvas mais agradáveis, mais fáceis de serem contornadas. Entretanto, se enfrentarmos a escalada, com amor, com caridade, com bondade em nossos corações, nossos Guias queridos ajudam-nos nas quedas e acabam levando-nos ao final da jornada. E encontramos então o Jardim do Pai Celestial, o Édem Maravilhoso, e colhemos flores nos Canteiros de nosso Pai e ainda teremos oportunidade de ajudarmos os nossos irmãozinhos, atirando pétalas destas flores, nos caminhos dos menos favorecidos, dos mais ignorantes, afim de nos ajudar ajudando outros.
Os que procuram a comunicação com os espíritos, os que ouvem Seus conselhos, os que seguem Sua linha, devem entrar numa Tenda de Caridade, com caridade no coração. Devem não ir apenas com suas vestes brancas e imaculadas. Tem obrigação de comparecer com seus corações renovados de bons propósitos, brancos e imaculados como o Manto de Nossa Mãe.
O Filho Querido, Jesus, nosso querido Oxalá, está presente em todas as reuniões, através de seus Mensageiros Maravilhosos baixados nas figuras dos Pretos-Velhos e Caboclos, firmeza da Umbanda, sorrindo com nossas horas de felicidade, ajudando-nos, aparando-nos em nossas horas de tristeza. Como receber Oxalá, como receber nossos Pretos-Velhos e Caboclos, com o coração escuro, cheio de erros! É preciso melhorar. É preciso caminhar para frente e para o alto e todos nós estamos a caminho desta grande melhoria.

Texto extraído do livro: "O Livro dos Médiuns de Umbanda"
Autor: Antonio Alves Teixeira Neto (1967)