Serve para que cada pessoa diagnostique um comportamento indesejado em si mesmo e nos demais. Muitas vezes, um filho-de-terra, deixando-se envolver pelo lado negativo das forças que o influenciam, não percebe que a semente que gerou um comportamento indesejado deve ser combatida; deixa-se levar a acreditar que isso faz parte de usa personalidade, como uma característica fixa; porém, se todos percebessem os próprios enganos, teriam condições de mudar para melhor, abandonando seus hábitos negativos.
Certa vez chegou ao terreiro um homem cuja característica era um ar sério, sem qualquer esboço de sorriso. Ele ouvia as explicações do guia sobre sua vida e suas necessidades materiais, como dinheiro ou trabalho e, ao que parecia, iria sair tão calado como chegara, levando, juntamente com a lista dos artigos necessários para sua oferenda, sua fisionomia fechada de sempre. Porém, quando parecia ter chegado o fim da consulta, Pai Mané disse:
“- Agora que você já sabe como combater as suas dificuldades e que já sabe a que orixá pedir e o quê oferecer, chegou a hora de eu colocar um sorriso no seu rosto.”
O homem perguntou:
“- Como assim?”
E Pai Mané Quimbandeiro respondeu:
“- Meu filho, se você olhar para trás e enxergar a sua infância e juventude, verá você mesmo alegre e com gosto para ser líder nas brincadeiras e nos jogos. Se você olhar para trás, verá que sua cara fechada não tem base em sua personalidade, já que antes não era assim. O que pode ter acontecido para você se comportar desse jeito? Será que foi só um fato, ou foram vários casos isolados, que deram motivos para tanta cara fechada?
Você acha que não? Se você se perceber em uma roda de amigos, onde todos o considerem, você estará sorrindo, mostrando a alegria que lhe era peculiar. Sendo assim, eu lhe digo que, sendo você um filho de Xangô e recebendo dele um axé que pode ser interpretado como o de um grande homem ou um rei, estará correndo risco de se condenar ao crédito e ao desamor, já que não tem bens e não sabe lidar da melhor forma com as pessoas que gostaria de comandar e por quem gostaria de ser respeitado.
Desta forma, aquilo que deveria ser positivo torna-se destrutivo, por causa de suas cobranças pessoais. Quando realço as cobranças pessoais, é porque estas é que, muitas vezes despercebidamente, são capazes de o enterrar em um mar de desgosto, já que a cobrança alheia você sabe rechaçar com meia-dúzia de palavras ásperas.
Então, esqueça-se dos outros ou de qualquer coisa que lhe sirva de desculpa para o seu mau humor, e concentre-se em responsabilizar-se por esse comportamento, que tanto diminui a sua imagem externa como a interna. Para pôr um ponto final neste assunto, digo-lhe que, se não conseguir sorrir para a vida, dificilmente ela lhe dará boa graduação evolutiva; e a evolução pessoal é o mais importante motivo da vida que lhe foi dada.”
Acabado o discurso de Pai Mané, o homem já sorria, crente na importância dessa atitude.
A mensagem que fica dessa história é que, quem se enquadrar em uma das tantas manias negativas que caracterizam o comportamento quotidiano das pessoas, nunca deve dizer orgulhosamente: “- Eu sou assim e não vou mudar.” Se nesta terra tudo tem dois lados, duas faces, certamente todos terão condição de inverter qualquer situação.
Certa vez chegou ao terreiro um homem cuja característica era um ar sério, sem qualquer esboço de sorriso. Ele ouvia as explicações do guia sobre sua vida e suas necessidades materiais, como dinheiro ou trabalho e, ao que parecia, iria sair tão calado como chegara, levando, juntamente com a lista dos artigos necessários para sua oferenda, sua fisionomia fechada de sempre. Porém, quando parecia ter chegado o fim da consulta, Pai Mané disse:
“- Agora que você já sabe como combater as suas dificuldades e que já sabe a que orixá pedir e o quê oferecer, chegou a hora de eu colocar um sorriso no seu rosto.”
O homem perguntou:
“- Como assim?”
E Pai Mané Quimbandeiro respondeu:
“- Meu filho, se você olhar para trás e enxergar a sua infância e juventude, verá você mesmo alegre e com gosto para ser líder nas brincadeiras e nos jogos. Se você olhar para trás, verá que sua cara fechada não tem base em sua personalidade, já que antes não era assim. O que pode ter acontecido para você se comportar desse jeito? Será que foi só um fato, ou foram vários casos isolados, que deram motivos para tanta cara fechada?
Você acha que não? Se você se perceber em uma roda de amigos, onde todos o considerem, você estará sorrindo, mostrando a alegria que lhe era peculiar. Sendo assim, eu lhe digo que, sendo você um filho de Xangô e recebendo dele um axé que pode ser interpretado como o de um grande homem ou um rei, estará correndo risco de se condenar ao crédito e ao desamor, já que não tem bens e não sabe lidar da melhor forma com as pessoas que gostaria de comandar e por quem gostaria de ser respeitado.
Desta forma, aquilo que deveria ser positivo torna-se destrutivo, por causa de suas cobranças pessoais. Quando realço as cobranças pessoais, é porque estas é que, muitas vezes despercebidamente, são capazes de o enterrar em um mar de desgosto, já que a cobrança alheia você sabe rechaçar com meia-dúzia de palavras ásperas.
Então, esqueça-se dos outros ou de qualquer coisa que lhe sirva de desculpa para o seu mau humor, e concentre-se em responsabilizar-se por esse comportamento, que tanto diminui a sua imagem externa como a interna. Para pôr um ponto final neste assunto, digo-lhe que, se não conseguir sorrir para a vida, dificilmente ela lhe dará boa graduação evolutiva; e a evolução pessoal é o mais importante motivo da vida que lhe foi dada.”
Acabado o discurso de Pai Mané, o homem já sorria, crente na importância dessa atitude.
A mensagem que fica dessa história é que, quem se enquadrar em uma das tantas manias negativas que caracterizam o comportamento quotidiano das pessoas, nunca deve dizer orgulhosamente: “- Eu sou assim e não vou mudar.” Se nesta terra tudo tem dois lados, duas faces, certamente todos terão condição de inverter qualquer situação.
Texto extraído do livro “Conselhos de Preto-Velho na Umbanda”
Autor: José Luiz de Ogum
Autor: José Luiz de Ogum